ZINGIBERACEAE

Renealmia brasiliensis K.Schum.

EN

EOO:

52.195,802 Km2

AOO:

20,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo (Maas; Maas, 2012) e Santa Catarina (Neto; Furtado, com.pessoal)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Renealmia brasiliensis </i>conhecida popularmente por"Paco-seroca", "Pacová-catinga" e "Pacová", caracteriza-se por ervas rizomatosas,de 5 a 2,5 m de altura, terrícolas. Endêmica do Brasil, ocorre nos municípios de Perdizes, Caratinga e Viçosa (MG); Santa Bárbara do Caparaó (ES) e Canelinhae Biguaçú (SC). Restrita do bioma Mata Atlântica, onde é encontrada em FlorestaOmbrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual. Apresenta AOO de 16 km², eencontra-se sujeita a quatro principais situações de ameaça: expansão urbana,agricultura, pecuária e invasão de espécies exóticas. Protegida pelo ParqueNacional do Caparaó e Estação Biológica de Caratinga. Pouco representada emcoleções científicas, sendo conhecida por coletas da década de 30 e 80, erecentemente coletada em Santa Catarina. Apresenta propriedades medicinais,sendo utilizada como antihelmíntica, cicatrizante, fortificante e carminativo,o que pode acarretar a supressão das subpopulações da espécie. É necessário o investimento em pesquisacientífica e esforços de coleta a fim de certificar da existência de novassubpopulações, considerando sua viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Pflanzenr. (Engler) 4, Fam. 46: 305. 1904.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual (Braga, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por ervas rizomatosas, de 5 m a 2,5 m de altura, com desenvolvimento simpodial (Maas, 1977).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista vermelha da flora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).